domingo, 4 de outubro de 2009

EJA


            Esta parte do texto de Regina Hara:

“A alfabetização é um processo que leva ao domínio do código escrito; os estudos psicolinguísticos mostram que há etapas cognitivas que o sujeito do processo passa para construir o domínio do código escrito. O homem, sujeito de sua aprendizagem, constrói seus conhecimentos nos diferentes momentos da vida e nas diferentes situações que vivencia, a escrita é um desses conhecimentos. Inscrita na leitura do mundo, a leitura da palavra é um de seus aspectos; a proposição para a construção da leitura da palavra segue o mesmo conceito da leitura do mundo, enquanto conduta de aproximação do objeto. Diferencia-se exatamente na eleição do objeto: o código escrito.

Dominar o código escrito não é o resultado mecânico de treinamentos de habilidades e coordenações. Entender a escrita como um sistema de representações que se construiu socialmente na história do homem e saber que seu domínio é um processo cognitivo nos obrigam a pensar esse objeto quando nos dispomos a atuar como alfabetizadores. A pensá-lo não apenas como usuários, mas compreendendo sua estrutura e o alcance de sua função social.”

            Retrata bem o que precisamos atingir quando falamos de EJA.

            È muito diferente construir o conhecimento da leitura e da escrita em seres que já tem a sua trajetória, suas vivências e experiências e que somente não tiveram a oportunidade para tal

 

MOVIMENTO ESCOLA NOVA


Estamos na parte desta interdisciplina que tem muito a ver com o meu “ser” professora pelas mudanças que ocorreram desde o meu aprendizado até o momento atual.

            O começo do “Movimento da Escola Nova” foi, obviamente bem antes de eu me tornar professora, a meu ver começado muito lentamente do que na atualidade onde as mudanças ocorrem muito rapidamente pelo de correr do processo e também pelo interesse que essas mudanças aconteçam pelo respaldo de leis que asseguram e até obrigam determinadas atitudes.

            Aos meus olhos, pela experiência e trajetória de vida muito se fez, muito melhorou, mas alguma coisa se perdeu neste crescimento. Ainda sendo opinião própria saliento que muitos não conseguem ter a estrutura social, emocional, familiar para tantas mudanças.

            Os recursos oferecidos ainda não se adequaram ao crescimento e se torna muitas vezes difícil ao professor manter o interesse do aluno, vendo ao seu redor tantas oportunidades e não tem o acesso a tudo isto.

            Trabalho em duas redes Públicas de Ensino diferentes, Estadual e Municipal e é marcante a diferença de recursos e interesses entre elas.

            Mas atualmente todos buscam, como diz no texto que fala de Freinet, “ todas buscam trazer o que está fora para dentro” isto busca, na realidade envolver o cotidiano de cada um como alavanca para o conhecimento.

ENCANTAMENTO


 

            Fazer a síntese dos Pas, isto é cruzarmos respostas da pergunta, das certezas, das dúvidas e verificar que ainda existiam mais conhecimentos a serem adquiridos foi de grande valia. Pois houve mais encantamento e mais vontade de dançar. O que já faz parte da minha vida há bastante tempo.

            Tornar os benefícios evidentes e faze-los parte integrante do dia a dia já uma evidência da legitimidade do PA.

            Pois através da pesquisa, da discussão e da busca de conceitos a aprendizagem se torna ampla e envolve situações reais e sociais.

 

CONTAR HISTÓRIAS


 

            Sempre ouvimos e contamos histórias, lidas, contadas, repetidas, inventadas, mas como adulto e letrado temos condições de reproduzir a nossa narrativa de acordo com a necessidade e de acordo com o público alvo.

            Já as crianças “viajam” na imaginação criando situações absurdas que a seu ver são reais como o vídeo que assistimos.

            Já o adulto, sem conhecimento e já calejado pela vida, sem ilusões e imaginação, sem a possibilidade da leitura, por não saber ler, tem a sua história sem a adição de palavras que encantem deixando a história simples e sem surpresas. (nua e crua)

            São as diferenças que a vida impõe ao cotidiano

NOVA VISÃO


            Após a aula presencial onde pudemos ver um “ser” surdo, dono de suas atitudes, feliz, afirmando que existe discriminação, mas consegue se sentir auto suficiente para enfrentar o mundo e após assistir o filme! “E seu nome é Jonas” que retrata a história das conquistas de espaço de um surdo, consegui traçar um paralelo da evolução desta “deficiência”, o quanto foi importante esta busca e a divulgação de novos métodos para que cada um se sentisse parte integrante de uma sociedade e não somente mais um ser abandonado às suas dificuldades e ao seu destino não produtivo.