sábado, 10 de abril de 2010

REFLEXÃO TEORIAS


“Mestre não é quem ensina, mas quem de repente aprende.”

                                               (ROSA, João Guimarães – Grande sertão: veredas)

 

 

 

REPENSANDO

 

            Com todos os acontecimentos ao longo da minha trajetória como profissional da educação e como ser humano pôde constatar que grandes mudanças ocorreram tanto na visão pedagógica como na visão de formação pessoal dos jovens de hoje.

            Procurei sempre acompanhar as mudanças para não fugir do contexto existente e melhor fazer o meu trabalho.

            A faculdade veio acrescentar muito neste interim e agora a prática do estágio supervisionado vem contemplar este novo olhar e novas concepções ao processo de alfabetização.

            Com a proposta de Ensino Fundamental de nove anos houve uma reestruturação do currículo apontando uma organização da aprendizagem que atualmente visa sistematizar as capacidades a serem desenvolvidas e as enquadrando em três eixos principais:

·         Apropriação do sistema de escrita.

·         Leitura

·         E a escrita propriamente dita.

 

E os descritores destas habilidades são abrangentes contemplando uma visão ampla do mundo falado e escrito e estes descritores devem valorizar o uso da linguagem em diferentes situações e contextos.

            A prática da proposta pedagógica precisa conquistar o interesse das crianças e leva-las e ter prazer na leitura e escrita.

As partes das Ciências Sociais e Exatas devem envolver o cotidiano de cada um sendo sempre relacionada com as necessidades e o momento que está inferido, não permitindo que se ultrapasse a capacidade de compreensão deste contexto.

Guardei no meu pensamento o exemplo que nos foi dado pela professora da

Didática de Ciências : Não podemos entrar na luta para salvar as baleias e elas não fazem parte do nosso cotidiano, é mais real lutar para salvar o córrego que passa ao lado da minha casa para que não suma com a poluição. Usar o real atinge o seu pressuposto com mais coerência.

            A matemática faz parte da bagagem de todo o cidadão para que possa atuar criticamente na sociedade.

            A escola tem um papel formativo nesta área ajudando a formar o pensamento lógico. Coma matemática é motivo de apreensão existe a necessidade de buscar estratégias que levam o aluno ao prazer deste conhecimento e sua aplicação.

            Com o grande número de anos no exercício da profissão, são as experiências são variadas. Por este motivo, pelas cobranças da escola e da comunidade escolar onde a cultura pedagógica é nula, fica muitas vezes dificultado as mudanças de metodologias e teorias pois ao nosso olhar os objetivos são alcançados e  não são aceitos pelos pais, onde compreender não é o essencial documentar é o importante.

Ex.; acriança consegue expressar sua opinião sobre determinado assunto, para nós houve a aprendizagem e o entendimento, mas para os pais existe a necessidade de ter uma página do caderno cheia no final do dia, precisa haver uma mediação neste momento para termos o nosso trabalho levado a serio perante a nossa clientela.

            E este confronte de conhecimento nos leva, muitas vezes a não ter coerência entre teoria e prática.

            Baseada na reflexão das teorias de:

            Piaget – Construir e reconstruir as hipóteses sobre o mundo.

            Emília Ferreiro – que esta construção e reconstrução já existem, não começa na escola, que a mente da criança não chega vazia.     

            Vygotski – que esta construção do conhecimento é feita socialmente, nas relações com o meio.

            Paulo Freire - que ler não é somente a interpretação de códigos, mas uma tomada de consciência da realidade e ter participação nesta apropriação.

            Não podendo esquecer também da necessidade de uma Educação Lúdica para não se perder o prazer e o desafio e que procurarei desenvolver o estágio e a minha aprendizagem operando as mudanças necessárias na minha visão e procedimento.     

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